11/12/2009

"Um bebê a caminho. O que fazer?" - Sogros e avós

Agora é nossa vez de ser pais!

Avós prestativos demais costumam criar situações de conflito entre o pais do bebê, além do desconforto que geram no relacionamento com nora e genro. Claro que querem ajudar, porém, por mais maravilhosas que possam ser suas intenções, interferências mais atrapalham do que ajudam. Magoar quem está cheio de amor pra dar, não dá. O que fazer então?

Queixas costumam não ter bom resultado, principalmente se é feita para o filho - ou a filha - dos avós palpiteiros. "Tua mãe está passando dos limites" pode ser uma sentença perigosa, provocar uma discussão inútil e desencadear emoções negativas. Se houver desde o início uma boa comunicação, as partes deveriam aproveitar para fechar alguns "contratos" muito úteis no futuro. As decisões tomadas em conjunto vão definir o espaço que o casal pretende delimitar. Ambos devem conversar e estabelecer seus critérios, ajustando seus pensamentos e sentimentos sobre o que podem conceder sem prejudicar suas opiniões sobre como pensam em educar seus filhos e de que maneira o farão. Claro que contar com a experiência das avós é importante, mas em alguns casos, com a ansiedade de ajudar - e porque não, de curtir seu novo papel - elas acabam invadindo a privacidade destes pais, esquecendo-se de que elas mesmas tinham suas restrições quando eram as mães. e, apesar de jovens e cheias de dúvidas e inseguranças, elas encontraram seu jeito de ser mãe.
O casal pode conversar carinhosamente e com respeito com suas mães e pais, e, com suficiente clareza e tato, deixar claro o que será bem-vindo e o que não será permitido. Os jovens pais não precisam tolerar a invasão silenciosamente, porque em algum momento se rompe essa boa vontade e tudo que vai sendo reprimido, tenderá a ser despejado num fôlego só. Evitar esse desgaste extra - o casal terá suficientes situações para lidar - contribui para preservar as relações familiares no geral.
Dizer o que sentimos de coração aberto, tende a informar e aproximar as pessoas, que saberão até aonde poderão ir. Mesmo que surpreenda a iniciativa da conversa, todos poderão usufruir de um melhor resultado depois. Talvez a habilidade em expor o que precisam comunicar seja ainda mais importante do que o conteúdo das palavras, então, a recomendação é usar termos carinhosos, adotar um tom de voz que mostre o desejo concliador da conversa, antecipando a compreensão de que as sugestões que trazem (ou trarão) visam somente auxiliá-los, mas que desejam eles mesmos decidir pelo que acreditam ser o melhor. E assegurar que em tudo que precisarem, recorrerão a eles (porque certamente o farão!), agradecendo muito o amor, a intenção de ajuda, mas ao mesmo tempo esclarecendo e compondo sua nova família segundo um modelo que deverá acolher aspectos de ambas as famílias de origem do casal, retocado pelos aspectos que eles imprimirão enquanto diferentes pessoas e visões.

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