20/05/2009

AS LENTES QUE USAMOS PARA VER O MUNDO

As lentes que usamos para ver o mundo muitas vezes inauguram imagens positivas em lugar daquelas que reproduzem os fatos tristes, traumáticos e frustrantes, que estão funcionando como bloqueadores das mudanças possíveis. Ficarmos presos nas experiências dolorosas nos impede de buscar diferentes alternativas de visão. Entretanto, não é incomum a não consciência desse fato. Agarrados aos eventos tristes, não deixamos espaço para a chegada do oposto, inviabilizamos sua oportunidade. A proposta é trocarmos as lentes através das quais visualizamos esse mundo que nos cerca, numa clara opção por experimentar sentimentos e sensações positivas, prazerosas.

Fazer uso de lentes coloridas é se permitir provocar mudanças de comportamento, uma vez que estes decorrem dos sentimentos que atribuímos ao que vivemos. Enxergar as dores que nos constroem humanos não é permitir a tomada do espaço maior de nossas vidas, mas, aprendendo com suas lições, superar e atravessar o umbral das experiências marcantes, consagrados seres mais maduros, portadores de ensinamentos que permitem a evolução natural da vida, atrelando aos nossos conteúdos internos as infinitas possibilidades que temos e muitas vezes ignoramos.

Somos capazes de mudar a trajetória de nossas vidas pela ação voluntária de nossos atos, escolhendo quais atitudes vão nortear nossos passos. Isso se aplica a forma de ver os problemas, as limitações, os revezes e as frustrações. Podem ser gestores de amadurecimento ou geradores de impossibilidades. Depende unicamente das lentes com as quais focalizamos a questão, ou ainda melhor, depende muito mais da troca das lentes quando estas são negativas e contribuem unicamente para a autocomiseração, a desconstrução da positividade e a continuidade do flagelo da auto-estima.

As lentes escolhidas, no entanto, podem sugerir proteção. Escondermo-nos atrás de episódios tristes nos mantêm impossibilitados de tentativas novas e conseqüentes conhecidos e possíveis resultados frustrantes. Desta forma, pensando proteger-nos, negamos as chances de mudanças que produziriam conseqüências boas, numa clara renúncia pelas possibilidades infinitas de que dispomos para realizar as conquistas pretendidas em nossas vidas.

Fica o convite para a reflexão do tema, lembrando que a imagem distorcida que podemos ter da vida necessita de um simples ajuste da lente que a traduza com a fidelidade de nossas escolhas, intenções, atitudes, sonhos e desejos. Nossos olhos pensam que sabem ver, mas eles podem enxergar o acréscimo que não existe ou a falta que é o coração que sente. Alterando as lentes fazemos um convite para a entrada de sentimentos diferentes, melhores do que a imagem construída, mais positiva.


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