06/03/2011

O SOFRIMENTO É ÚTIL?

Ouvimos (e fazemos!) muitas queixas sobre os sofrimentos que desalinham o cotidiano das pessoas, desafiando o indivíduo a encontrar soluções ou alternativas, sejam imediatas, precárias, duradouras ou provisórias. Se mudarmos o foco, saindo da queixa para a conscientização do aprendizado, podemos observar que os impactos que "sofremos" vivenciando fortes emoções e sentimentos contraditórios, contribuem para o polimento dessas emoções, propiciando as mudanças que, inevitavelmente, promovemos em nós e, conseqüentemente, no meio que nos rodeia.


Entretanto, tenho tido a sensação de ver tremular uma nova bandeira em nossos dias, acenando com a presença - ainda que sutil - de comportamentos mais "leves", pensamentos desejosos de harmonia, serenidade, complacência; a presença de mais ternura e docilidade nas pessoas. Embora a resistência ainda acorrente alguns, é grande o movimento na direção da conscientização de que, é sim necessário imprimir a positividade em nossos pensamentos, transformando e suavizando as relações, num claro sinal de tentativas de boa convivência - consigo e com todos. Desta forma, afastamo-nos de crises e conflitos, semeando novos comportamentos e colhendo resultados mais atraentes, que tenderão a se manter.


Os "atritos saudáveis" são necessários para o crescimento, disso a gente sabe. A questão é: estamos nos atritando e aprendendo? Sentimo-nos melhores, mais habilidosos diante das dificuldades? Reunimos mais recursos internos para fortalecer nossas ações? Estamos menos tensos e mais felizes? Sorrimos mais e reclamamos menos? Criticamos ou elogiamos mais? Olhando para o que fomos e o que somos hoje, apreciamos a diferença? Conhecemos-nos melhor e conhecemos mais aqueles com quem nos relacionamos?


Um bom termômetro é perceber quais destas perguntas ainda não sabemos responder, quais respostas demos, e o que falta para chegar onde definimos como meta – lembrando que as mudanças não são estanques e nem definitivas, é sempre possível restabelecer novos objetivos, criar novas estratégias e encontrar novos caminhos.


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